quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A “nova gripe”

Por Gustavo Miranda.

Manchete em quase todos os jornais e revistas, programas de rádio e televisão, a gripe suína não poderia ficar de fora do nosso blog. Ela é chamada de gripe H1N1, gripe 1 ou “a nova gripe”. Todos os surtos de gripe que passaram pela humanidade, também foram chamados de “nova gripe” na época em que surgiram e hoje não passam de gripes comuns. O porquê de tanto alarde e desespero criado pela mídia talvez tenha suas explicações. Faz menos de um ano do primeiro registro de morte causado pela gripe suína (março desse ano) e já se desenvolveu remédio e até vacina contra ela.

Drogas que se prezam e realizam algum efeito passam por anos de pesquisa, depois mais alguns anos de teste em cobaias. Ao ser aprovado e comercializado, países como o Brasil, ao importar os medicamentos realizam mais testes antes de liberar para a população. Todo esse processo leva cerca de 15, 20 anos. No caso da nova gripe, em menos de um ano desenvolveu-se o remédio chamado Tamiflu, mais rápido ainda desenvolveu-se a vacina contra a doença ambas produzidas nos laboratórios da empresa Roche. Das duas uma: ou os remédios não fazem o efeito esperado, ou a empresa que desenvolveu o remédio também criou o vírus. Não é de se espantar que pessoas que tomaram o Tamiflu na tentativa de prevenir a contaminação pelo vírus apresentaram fortes efeitos colaterais como insônia, pesadelos, diarréia e vômito.

É causa de indignação o porquê de nunca ter se desenvolvido com tamanha rapidez uma vacina contra malária, por exemplo, que mata há muitos anos mais de um milhão de pessoas em todo o mundo. Não vai ser de espantar que mais cedo ou mais tarde se confirme a especulação de que a indústria farmacêutica nada mais é que uma grande máfia super-organizada, cheia de dinheiro e o pior, com apoio de governos e grandes organizações internacionais como a OMS (Organização Mundial de Saúde) que deveria lutar pelo bem estar e saúde da humanidade. Se isso realmente for verdade, essa gripe não passa de mais uma arma de toda essa gentalha para enriquecer cada vez mais seus donos e aqueles que os apóiam.

Por isso, antes de se render aos remédios contra qualquer tipo de gripe, realize as medidas preventivas básicas como lavar as mãos várias vezes ao dia, não compartilhar alimentos, copos, toalhas entre outros objetos pessoais e sempre cobrir a boca quando for tossir e o nariz quando for espirrar com a dobra do cotovelo evitando usar as mãos para não contaminar outras pessoas pelo toque. Caso contaminado por essa gripe ou qualquer outra e estando fora do grupo de risco que são mulheres grávidas e pessoas debilitadas, o remédio é repousar, se alimentar bem e beber bastante líquido.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Um discreto mistério

Por Bruno e Gustavo.

Após uma pequena fase de crise criativa e também devido à falta de tempo (mais por falta de saco mesmo) voltamos a escrever no blog.

Todos nós sabemos que existe na face da Terra uma grande diversidade de seres vivos dos mais variados tipos: plantas, animais, vírus, bactérias e de repente alguma forma de vida que ainda não conhecemos. Dentre toda essa forma de vida a mais conspícua e numerosa é a dos artrópodes. Porém, os artrópodes não se limitam somente àqueles que conhecemos como os miriápodes [sínfilos, paurópodos, diplopodas (gongolos) e quilópodos (lacraias)], crustáceos, aracnídeos, insetos e outros mais. Eles integram o grupo dos artrópodes propriamente dito, mas este grupo está contido em um outro maior, chamado Panarthropoda. Além dos bichos habituais, este grupo também inclui em sua lista os Onycoforos e Tardigrados.

Certamente poucos já ouviram falar nesses animais a não ser aqueles que fazem biologia e resistem acordados às aulas de zoologia. Hoje trataremos sobre os incríveis tardígrados e quem sabe em um próximo post, falamos um pouco dos onicóforos.

Sim, eles são incríveis e vocês entenderão o porquê. Para quem não conhece, o tartígrado, também chamado de urso d’água, é um bicho microscópico que mede entre 0,05 e 1,2 mm de tamanho e possui grande variedade de cores nas suas mais de 1000 espécies descritas atualmente, como as cores branca, laranja, vermelha, amarela, verde, preta entre outras. A descoberta de sua improvável resistência ocorreu há alguns anos atrás.

Em uma expedição encontrou-se uma tumba com uma múmia em seu interior. Descuidadosamente, os pesquisadores deixaram a tumba destampada numa noite em que caiu uma torrencial chuva. No precário lugar havia uma goteira localizada logo à cima da inafortunada múmia. Resultado, seu sarcófago ficou inundado. Posteriormente, analisando o que sobrou da pobre múmia, observou-se que um pequeno animal mexia-se sobre uns pequenos musgos que se formaram dentro da tumba. Estudando-se o material descobriu-se que o bicho era um tardígrado. Mesmo depois de mais de 3.000 anos embalsamado junto com o faraó, o bicho, após entrar em contato com a água “reviveu”.

Apesar de gerar grande espanto isso é facilmente explicado pela Biologia. Os tardígrados são capazes de realizar dois tipos de dormência: a quiescência e a diapausa - que é a capacidade de reduzir seu metabolismo a quase zero quando submetidos a condições desfavoráveis voltando à vida quando em contato com água.

Após essa incrível descoberta, os pesquisadores ficaram entusiasmados com a resistência desses pequenos animais e os submeteram a alguns testes, entre eles:

- total vácuo (nada aconteceu)

- temperaturas próximas à 150ºC (um calorzinho à toa)

- baixas temperaturas como -273ºC (um friozinho nas pernas)

- gravidade zero (não sentiu nada)

- raios x (um brozeamento artificial)

- espaço sideral, sem gravidade, sem oxigênio e exposto a baixíssimas temperatura (nem é com ele)

Devido a essa incrível resistência não é surpreendente encontrar tardígrados no fundo do oceano (em locais tão profundos quanto 4km a baixo da superfície) e nas mais altas montanhas (com cerca de 6km de altura) sendo o único requisito necessário a presença de água.

Após essa pequena introdução ao mundo dos tardígrados, viemos propor a enquete ao lado questionando a possível origem desse pequeno mas resistente, estranho mas simpático, bonito porém feio animal.

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